Estamos numa época em que se questiona a validade de tudo e mais alguma coisa, e também dos métodos educativos vigentes há pouco mais de 20 anos. Num ponto-de-vista mais pessoal, e que decorre do facto de eu ter uma profissão na qual tenho o privilégio de ver as pessoas como pessoas e para lá do que elas mostram e promovem publicamente, vejo demasiadas pessoas e um Mundo que é muito mais movido por Paixão (esse sentimento que tem muito mais a ver com auto-validação, do que com qualquer outra coisa ou pessoa) do que por Amor (o mais nobre e bonito dos sentimentos, cujo combustível é a felicidade e o crescimento dos outros, naquilo que os faz felizes e mais válidos a eles).
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Joana Marcelino: A arquitecta das (boas) emoções.
Diz-se que ‘não há uma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão’. Já não é a primeira vez que dou por mim a filosofar sobre a validade desta expressão. Mas quando conheci a Joana Marcelino, essa não foi uma das vezes: ao fim de uns breves minutos, não só a primeira boa impressão estava conseguida, como se seguiram muitas mais. Seguiu-se uma sucessão de coincidências e cumplicidades de alma, de visão e de missão, em duas profissões que parecem ser tão diferentes, mas que não conseguem viver uma sem a outra: a Arquitectura e a Fotografia.
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Romana Ibrahim: a preocupação de cuidar dos outros faz parte de mim.
Digo, repetidas vezes e mesmo quando falo de fotografia pessoal, que ‘não existe storytelling estratégico, sem estratégia; da mesma forma que não existe uma estratégia de sucesso, onde não existe uma Proposta de Valor – seja ele criado ou acrescentado face ao que já existe’.
É raro cruzar-me e conversar com alguém que seja, ao mesmo tempo, focado, disponível e customer centric. Quando isso acontece, tenho normalmente duas certezas: que essa pessoa não conhecerá outro caminho que não seja o do Sucesso; e que ela tem tudo para ‘ficar bem na fotografia’, mesmo quando não tem uma câmara por perto.
Romana Ibrahim é uma dessas pessoas. O facto de ser customer centric leva-a, por natural inerência, a ser focada no seu propósito e disponível para observar e escutar – ou não fosse essa a capacidade primeira de quem coloca o cliente (neste caso, o seu) sempre em primeiro lugar.
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Mário Mendanha: Sou obcecado pelos detalhes.
Para um fotógrafo que é avesso a alterar o que quer que seja em alguém que fotografou (ou seja, recorrendo a ferramentas de edição fotográfica), o interesse e as conversas com quem pode alterar algo numa pessoa, antes dela ser fotografada, são sempre longas e construtivas. Entre as pessoas e profissionais que o podem fazer, contam-se os make-up artists, os psicólogos e os cirurgiões plásticos.
Já não é a primeira vez que alguém me pergunta, após uma sessão fotográfica, se posso retirar ‘aquela ruga’? A minha resposta é sempre a mesma: ‘As rugas, tal como as outras marcas que o nosso corpo evidencia, contam a nossa história. Não me atrevo a apagar uma parte tão importante de alguém. Mas se, mesmo assim, quiser fazê-lo, conheço quem o faça com a maior competência’.
Já depois de ter dito esta frase algumas vezes, cruzei-me com Mário Mendanha como que por acaso. Ao fim de alguns minutos de conversa e mesmo que a sua humildade me tivesse dificultado a tarefa, percebi que estava na presença de alguém que me iria ajudar a continuar a prescindir dos pincéis do Photoshop para retirar ‘aquela ruga’.
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Inês Castel-Branco: Tenho muito o hábito de cuidar.
Entra-nos pela casa dentro todos os dias, há vários anos. A forma divertida, leve e por vezes desafiante, como parece deslizar pela vida e mostrá-lo ao público, faz-nos esquecer facilmente, a nós e a ela própria, que a Inês cresceu a olhos vistos; porque aos olhos dela, os seus valores e as suas prioridades estruturais, sempre foram matéria inegociável. A simplicidade, a gratidão e a humildade, são só algumas das qualidades que ressaltam nesta conversa disfarçada de entrevista. E o humor, sempre o humor. Porque não há nada melhor que ter por companhia, numa ilha deserta, alguém que nos faça rir.
Ricardo Pereira da Silva [RAWPHØTOLOGY]: O que fizeste da vida, Inês?
Inês Castel-Branco: Acho que aproveitei o facto de ser privilegiada e tenho tirado o melhor da vida. Também tive muita sorte por ter descoberto muito cedo aquilo que gosto de fazer. E ter tido oportunidades nessa área. Há muito poucas pessoas que têm essa sorte.
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João Gomes Pedro: Eu reaprendi a brincar com a criança.
/ RAWSTØRIES
RAWSTØRIES são reflexões retiradas de sentimentos que me surgem durante sessões fotográficas. E são conversas de alma entre pessoas que gostam de pessoas e de ser pessoas. Sobre pessoas que vale a pena conhecer enquanto pessoas. Conversas espontâneas, íntimas sem ser indiscretas, sem guião e sem preocupações, mas todas elas conduzidas com o propósito de dar a conhecer o que interessa a quem as tem; e sempre com a curiosidade e a despreocupação que só a uma criança se poderia pedir.
Porque nas conversas como na vida, acredito que cada pessoa é única. E que por detrás de um nome, há sempre um ser humano e uma história que vale a pena conhecer.
Esta, podia ser uma conversa científica, perante a oportunidade de conversar com um dos mais capazes e incontornáveis pediatras portugueses com reconhecimento e distinção internacional. Mas, apesar desse facto e acima de tudo, o Professor João Gomes Pedro torna-o impossível, pois revela, também nas conversas, a forma que o distingue nas consultas e com que entrega a sua competência, diariamente, às crianças e pais do nosso país: com emoção, com serenidade, com bom senso, com curiosidade e sempre de olhos nos olhos.
Ricardo Pereira da Silva [RAWPHØTOLOGY]: Se numa viagem de elevador tivesse que contar a alguém o que fez da sua vida, o que diria?
João Gomes Pedro: Tentaria criar uma analogia entre o que se poderia ver de cima desse prédio, que estaríamos a subir; e o que se vê do cimo de uma vida feita de experiência, onde passa a ser especial aquilo que vimos ao longo dela, em termos de personalidade, de unicidade. Como quem sobe um monte e repara nos detalhes do percurso, que não repara no dia-a-dia; e no prazer da descoberta que sentimos quando chegamos ao cimo.
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Laurinda Alves: Gostava que Deus soubesse que pode sempre contar comigo.
RAWSTØRIES são reflexões retiradas de sentimentos que me surgem durante sessões fotográficas. E são conversas de alma entre pessoas que gostam de pessoas e de ser pessoas. Sobre pessoas que vale a pena conhecer enquanto pessoas. Conversas espontâneas, íntimas sem ser indiscretas, sem guião e sem preocupações, mas todas elas conduzidas com o propósito de dar a conhecer o que interessa a quem as tem; e sempre com a curiosidade e a despreocupação que só a uma criança se poderia pedir.
Porque nas conversas como na vida, acredito que cada pessoa é única. E que por detrás de um nome, há sempre um ser humano e uma história que vale a pena conhecer.
E nada melhor que começarmos por conhecer o lado humano e algumas histórias que vivem por detrás do nome Laurinda Alves e daquilo que todos conhecemos desta incontornável jornalista.
Ricardo Pereira da Silva (RPS): Laurinda, consegue dizer-me, em poucas palavras, o que fez da vida?
Laurinda Alves (LA): O que faço da vida – prefiro dizê-lo no presente – é tentar, a cada dia, ser melhor e dar mais à vida.
RPS: E o que fez a vida de si?
LA: Não sei se fez de mim ou se fez comigo… Fez uma pessoa mais consciente da sua missão, do seu papel e da sua vocação…
RPS: Mais alegre?
LA: …mais alegre, mais leve e mais tranquila. E mais feliz.
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Rui Jorge Rego: O homem que o leão não pode esconder.
Já não é a primeira vez que dou por mim, em sufrágios que definem decisões que me impactam de alguma forma, a pensar nos critérios que levam as pessoas a preferir candidatos e a votar neles. Fico sempre com a impressão que raros são aqueles que lêem programas eleitorais e com a certeza que, na maior parte das vezes, decidem por critérios partidários e também pela impressão que têm sobre os candidatos. O resto, é o que se sabe: uma lista negra de candidatos que são bons a convencer o eleitorado, mas que muitas vezes não passam disso. Porque, como em quase tudo na vida, as pessoas medem-se pelas acções e nunca pelas promessas.
Depois de consultar o programa dos vários candidatos às eleições do Sporting, que é decisão que me impacta mais do que de alguma forma, gostei particularmente do programa de Rui Jorge Rego e da forma positiva e construtiva como sempre se apresentou a debate.
Quis conhecer e fotografar o homem por trás das ideias. Sem filtros. Sem preparação. Sem mais ninguém a assistir. De olhos nos olhos. Preto no branco. Ou como diria Hemingway, ‘Como 2 histórias que se encontram’.
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Quando Incondicional sabe a pouco.
Não há prazer maior para um fotógrafo que gosta, sobretudo, de contar histórias através da fotografia, do que ter a liberdade e a oportunidade artística de seguir o seu instinto, sem filtros e sem cercas entre aquilo que sente e a linha do seu horizonte.
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Nem que a vida nos separe.
De que é feita a expressividade? Que tempo ou distância cósmica vai da sensação de conforto ao estado de naturalidade? Onde e quando nasce verdadeiramente a intimidade e a cumplicidade? Onde fica o ponto zero a partir do qual tudo começa, como se fosse a nascente de um ribeiro que nos traz tudo isso no caudal e desagua na mais simples e bela das fotografias?
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